Como é a vida de quem mora na favela?

Perguntado por: dfernandes . Última atualização: 7 de maio de 2023
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A comunidade sofre com o descaso das autoridades públicas. Cenas inconcebíveis como crianças andando em meio ao lixo, falta de água nas torneiras, esgoto sanitário a céu aberto e ausência de energia elétrica fazem parte da rotina das pessoas.

Moradores de favelas do RJ vivem até 29 anos menos que habitantes de áreas nobres, diz estudo. A população que mora em favelas do Rio de Janeiro vive entre 29 e 23 anos a menos na comparação com moradores dos bairros mais nobres do país.

Favela designa um assentamento com casas construídas de forma precária e irregular, ocupando uma propriedade pública ou privada. E devido as casas ali terem sido erguidas irregularmente, sem planejamento, não existe um acesso facilitado aos serviços básicos.

A favela é quase sempre vista apenas como um espaço de exclusão, violência e pobreza. Esse esteriótipo não corresponde à realidade de um espaço tão diverso. Cada favela possui um nível de infraestrutura, violência e renda que a difere das outras.

Com o processo de favelização há acumulação de problemas urbanos, como a falta de infraestrutura, ausência de saneamento básico, perigos ligados a catástrofes naturais como escorregamentos superficiais de terra, alagamentos, soterramentos, etc.

Nas favelas faltam serviços básicos e frequentemente há muitas pessoas dividindo um pequeno espaço para morar. As favelas oferecem abrigo e proximidade aos empregos e as comunidades geralmente são sociáveis e solidárias.

Favela é o conjunto de habitações populares precariamente construídas e desprovidas de infraestrutura (rede de esgoto, de abastecimento de água, de energia, de posto de saúde, de coleta de lixo, de escolas, de transporte coletivo etc.).

Os moradores de favelas são frequentemente acometidos por casos de câncer, diabetes e hipertensão. Entretanto, existe um fator que agrava mais ainda a situação desses habitantes: a desinformação. Poucos materiais sobre a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis chegam a essa camada da população.

A superlotação, característica típica desses locais, contribui para a disseminação veloz de moléstias infecciosas. Além disso, os moradores de favelas são uma população mais jovem e altamente móvel, o que contribui para a maior incidência de doenças em geral, e em especial as sexualmente transmissíveis.

As principais medidas de combate a favelização envolvem o planejamento urbano, ações sociais, criação de escolas, geração de empregos, integração urbana das comunidades faveladas e remoção nos casos extremos, bem como o estabelecimento de infra-estruturas habitacionais e de transporte público.

Rocinha

A Rocinha, no Rio, é a maior favela do país: 25.742 domicílios. Depois, vêm o Sol Nascente, no DF: 25.441 casas; Rio das Pedras, no Rio: 22.509; e Paraisópolis (SP): 19.262. A maior favela do mundo está localizada na Cidade do México.

O termo “periferia” é usado para se referir as favelas, os bairros mais pobres, loteamentos clandestinos, que são resultados da má distribuição de renda, desigualdade social, segregação socioespacial, entre outros problemas. Geralmente, esses locais são afastados dos grandes centros.

A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano.

Para comandar o tráfico em favelas a partir da prisão ou residindo fora das favelas cujas bocas-de-fumo lhe pertencem, os donos de morro costumam nomear um “gerente-geral”, “frente” ou “responsável” de sua confiança, para chefiar o tráfico em seu lugar.

Favela é uma área degradada de uma cidade, caracterizada por moradias precárias, miséria e falta de segurança de posse, de acordo com a definição do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat).