Como é a religião dos índios?

Perguntado por: icamacho . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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O xamanismo representa, assim, uma base comum aos povos autóctones da Ásia e das Américas, já que este continente foi ocupado por sucessivas migrações provenientes do primeiro. Mais antigo, o xamanismo foi sobreposto por grandes religiões tais como o budismo, o confucionismo, o taoísmo, o cristianismo e o islamismo.

Tupã Considerado o deus criador do universo, pela tribo tupi-guarani, Tupã é o "Senhor do Trovão". É visto como o criador do céu, da terra e da humanidade. Alguns historiadores acreditam que Tupã foi criado pelos jesuítas durante o período de catequização dos povos indígenas.

Totem significa o símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs por considerarem como seus ancestrais e protetores. O totem costuma ser um poste ou coluna e pode ser representado por um animal, uma planta ou outro objeto.

Para o Supremo Tribunal Federal, a atividade de alcançar o outro, mediante persuasão, é inerente à atividade religiosa, não sendo ilícita, por si só, a comparação, a hierarquização e até mesmo a animosidade entre crenças.

As festas ritualísticas não são exclusividade Krahô. Ao contrário, fazem parte da tradição dos nossos povos ancestrais, e são mantidas como forte expressão cultural. Alguns exemplos são o Padi (Festa do Tamanduá Bandeira), dos Xerente, e a Festa do Mel, do dos Karajá.

A espiritualidade indígena, além de resgatar traços históricos e culturais de sua sociedade, também nos remete à sua prática ritual que, através da rememoração dos mitos, fortalece a espiritualidade ancestral de dois povos indígenas, como os Potiguara e os Tabajara.

Os índios adoravam vários deuses, admitiam uma trindade superior composta por Guaraci (o sol), Jaci (a lua) e Perudá ou Rodá (deus do amor). O chefe religioso da aldeia era o pajé, que possuía poderes mágicos. Adoravam as forças da natureza (vento, chuva, relâmpago, trovão) e tinham medo dos maus espíritos.

Guaraci, Quaraci, Coaraci ou Coraci (do tupi kûarasy, "sol") na mitologia tupi-guarani é a representação do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o Sol é importante nos processos biológicos.

A mitologia tupi-guarani é o conjunto de narrativas sobre os deuses e espíritos dos diversos povos tupi-guaranis, antigos e atuais. Juntamente com as cosmogonias (narrativas de criação do universo), as antropogonias (sobre a criação da humanidade) e os rituais são parte das religiões destes povos.

A cultura indígena abarca a produção material e imaterial de inúmeros e distintos povos em todo o Brasil. É importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e cada povo desenvolveu suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas, artesanatos, dentre outras.

De uma maneira geral, as religiões indígenas são xamanistas e ritualistas. Alguns povos de origem mongólica (mongóis siberianos) e fenícios têm algumas tradições religiosas peculiares. O sistema religioso destes indígenas têm características de animismo, totemismo e xamanismo.

A cultura indígena possui importância fundamental na construção da identidade nacional brasileira. Ela está presente em elementos da dança, festas populares, culinária e, principalmente, na língua portuguesa falada no Brasil, que é fruto do processo de aculturação entre povos indígenas, negros e europeus.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

O princípio da caridade, do perdão, do amor ao próximo e incondicional, do fazer o bem sem ver a quem, foram princípios aos quais os indígenas se identificaram com facilidade, principalmente por parte dos Pajés e Caciques que eram os responsáveis pela organização política e social das comunidades indígenas.

Para facilitar a assimilação da religião católica pelos indígenas, os jesuítas sentiram a necessidade de associar ao seu Deus e santos os nomes de algumas divindades Tupis, pois assim o processo de catequização católica seria realizado com alguma similaridade a certas crenças indígenas.

A pintura corporal indígena tem grande importância e seu significado é muito amplo, podendo ir da simples expressão de beleza e erotismo à indicação de preparação para a guerra ou, até mesmo, como uma das formas de aplacar a ira dos demônios.

Os indígenas sul-americanos, segundo a antropóloga Branislava Susnik (1983, p. 54), não manifestavam medo da morte, mas um profundo medo dos mortos, das almas dos mortos que colocavam em perigo as almas dos parentes vivos.

O casamento entre índios varia muito de tribo para tribo. A maioria das tribos são monogâmicas, entretanto os antigos tupinambás e os atuais xavantes admitem a poligamia. Alguns seguem a tradição de casamento grupal e outros permitem que se casem com membros da própria família.

Resposta. Há muitas coisas sagrados para os povos indígenas, a terra em que nascem e enterram seus mortos; os espiritos dos que se foram as forças da natureza comandadas por espiritos e deuses; os ritos que praticavam em danças e cantos.