Como é a morte no corredor da morte?

Perguntado por: lsales . Última atualização: 22 de maio de 2023
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Quando as apelações acabam e a data da execução é marcada, o condenado é levado à “área de vigília”. Um espaço com poucas celas, onde ele passará a última semana de sua vida. O preso fica o dia inteiro trancado, vigiado por dois guardas. Só sai para tomar banho ou para consultar padres, advogados e psicólogos.

Custos e injustiça. São vários os motivos para a queda no apoio à pena de morte. Alguns apontam para os custos altíssimos para manter prisioneiros no corredor da morte, muitas vezes durante várias décadas entre a condenação e a execução, em processos judiciais caros e demorados.

Injeção Letal
A pessoa é amarrada a uma maca, onde um membro do comitê de execução põe sensores de batimento cardíaco em seu corpo. Duas sondas são inseridas em veias dos braços, uma injeta soro fisiológico, que depois será substituído por veneno, já a outra só é acionada em caso de falha no sistema principal.

Desde 1972, foram executadas no país 1.537 pessoas, e outras 186 que estavam no corredor da morte provaram que haviam sido condenadas injustamente. Ou seja, a cada 8 pessoas executadas, uma escapou do corredor da morte ao provar a inocência.

Em 2013, foram executadas 778 pessoas e, neste mesmo ano, pelo menos 1.925 foram condenadas à morte em 57 países. Há, hoje, cerca de 23 mil pessoas que permanecem nos corredores da morte.

O preso fica o dia inteiro trancado, vigiado por dois guardas. Só sai para tomar banho ou para consultar padres, advogados e psicólogos. Muito próximo da execução, com autorização do diretor da prisão, o preso pode conversar com a família frente a frente. Depois, na única mesa do ambiente, ele faz a última refeição.

Entre os demais países que ainda adotam a pena de morte, estão, por exemplo, Bangladesh, Índia, Somália, Sudão do Sul, Iemên, Japão, Congo e Vietnã. Além disso, alguns estados norte-americanos e o governo federal dos EUA também permitem a execução de condenados.

Um total de 127 presos foram executados desde 2010 no Texas, o estado que mais aplica a pena de morte. "Há pessoas mentalmente perturbadas aqui. Se jogam contra as paredes, batem nas portas, gritam com toda a força", conta. Outros falam com pessoas imaginárias.

Devido à superlotação, muitos deles dormem no chão de suas celas, às vezes no banheiro, próximo ao buraco do esgoto. Nos estabelecimentos mais lotados, onde não existe espaço livre nem no chão, presos dormem amarrados às grades das celas ou pendurados em redes.

"Na Califórnia, um preso no corredor da morte custa US$ 90 mil (R$ 504 mil) a mais por ano do que alguém em uma prisão de segurança máxima." Rusch salienta que os custos não são apenas materiais, mas também psicológicos.

Em 1989 a sentença mais longa do mundo foi aplicada a Chamoy Thipyaso (funcionária da PTT Public Company Limited) na China, 141.078 anos de prisão, de acordo com o Guinness World Records de 2006.

Como a pessoa morre de fato não está totalmente claro, de acordo com a pesquisa de Denno, mas as mortes na cadeira elétrica são uma combinação de asfixia e parada cardíaca, e o sistema nervoso em geral é paralisado. O corpo tensiona – às vezes, de modo violento – e o condenado pode defecar.

Escafismo
Pois o escafismo é uma das mortes mais torturantes e nauseantes de todos os tempos. Praticada pelos persas antigos, por volta de 500 a.C., a punição poderia se prolongar por dias. A pessoa era amarrada a um barco ou tronco e alimentada com apenas leite e mel, até que desenvolvesse uma diarreia grave.

Esta droga é um relaxante muscular não despolarizante que bloqueia a ação de um receptor muscular específico que, por sua vez, impede a contração das fibras. Esse efeito paralisa o diafragma e os pulmões, cessando a respiração do condenado.