Como é a morte de uma pessoa com câncer?

Perguntado por: doliveira . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Uma das características mais violentas do câncer é que as células anormais se multiplicam “além de seus limites normais”, de modo que podem invadir partes adjacentes do corpo ou se espalhar para outros órgãos. Esse processo é chamado de “metástase” e é a principal causa de morte por câncer, afirma a OMS.

Os membros começam a esfriar e ganham uma coloração azulada ou com manchas. A respiração pode ficar irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas últimas horas. As secreções na garganta ou o relaxamento dos músculos da garganta provocam, por vezes, uma respiração ruidosa, denominada o estertor da morte.

Todo esse processo pode levar semanas, meses ou até mesmo anos. No ciclo de vida de uma célula saudável, ela “nasce”, desempenha sua função e depois de ficar “velha”, sofre a morte celular programada, chamada de apoptose.

A reportagem explica que os principais sintomas das pessoas que estão a beira da morte são a alteração do estado de consciência (apesar de muitos conservarem a lucidez até o final), a sensação de afogamento, a dor, alterações alimentares, psicológicas, respiratórias e os quadros de confusão mental.

A maior parte dos casos de dor ocorre quando um tumor pressiona os ossos, nervos e órgãos do corpo. Pacientes com doença avançada são mais propensos a sentirem dor. Compressão da medula espinhal. Quando um tumor invade a coluna vertebral, pode pressionar a medula espinhal.

Alguns indicativos de morte óbvia são claros ou evidentes o suficiente para que não restem dúvidas sobre a situação, como livor mortis e presença de manchas hipostáticas, decapitação, esmagamento de crânio com perda de massa encefálica e ausência de pulso central, carbonização, segmentação do tronco e decomposição.

Seus trabalhos descrevem a identificação dos cinco estágios que um paciente pode vivenciar durante sua terminalidade, que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação(1). A negação pode ser uma defesa temporária ou, em alguns, casos pode sustentar-se até o fim.

O último estágio do câncer é o IV, que indica que o tumor já espalhou-se pelo organismo, sendo um caso mais complicado para ser tratado.

O sono excessivo pode ser causado por alguns tipos de quimioterapia, alguns tipos de tumores (como os cerebrais) e pela irradiação (radioterapia) do crânio.

Até 90% dos portadores de câncer terminal têm dores que vão de fortes a extenuantes. Mas, como não existem equipamentos capazes de medir a dor com precisão, aspectos físicos, emocionais e sociais são levados em consideração para amenizar o sofrimento.

1. Câncer de pulmão. De acordo com a OMS, 1,8 milhão de pessoas morreram em 2020 de câncer de pulmão. Sua causa mais comum é o tabagismo, gerando cerca de 90% das mortes por essa condição.

A sororoca (também conhecida como ruído da morte ou “death rattle”, em inglês) consiste em uma respiração ruidosa, causada pelo acúmulo de secreções no trato respiratório superior.

“[No estudo] foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte desse paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações gama. Então acaba sendo um ritmo de funcionamento eletroencefalográfico bastante alto, com mais de 32 hertz de frequência”, afirma Gomes.

A dor da perda é uma dor muito grande, insuportável, mas ela também é transitória, é uma dor que irá passar. Há algumas alternativas que ajudam a superar essa dor. Uma das alternativas é cuidar de sua saúde, pois, apesar de ser uma dor emocional, existem sintomas físicos também.

Neste estágio, por conta das bactérias que vivem no intestino do morto, o cadáver passa a inchar, ficar esverdeado e a apresentar um forte odor. Acontece que esses microrganismos começam a digerir as proteínas ali presentes e passam eliminar gases, gerando esse resultado.

Morfina causa depressão respiratória, é perigosa: é efeito adverso raro em pacientes onde a dose prescrita foi titulada, principalmente quando falamos de morfina via oral. É um dos efeitos adversos para o qual desenvolve-se tolerância com o uso crônico, um dos primeiros a desaparecerem.

Delírio é um problema bastante comum em pessoas com câncer avançado, ocorrendo em 15% a 30% dos pacientes internados e em até 85% das pessoas nas últimas semanas de vida.

Entretanto, às vezes, é necessário fazer uma estimativa do tempo de vida que provavelmente resta à pessoa. Por exemplo, os cuidados paliativos geralmente exigem o prognóstico médico de menos de seis meses de vida.

As mudanças que ocorrem no corpo ao final da vida podem deixar a pessoa que está morrendo inquieta ou agitada. Às vezes, as pessoas seguram e puxam os lençóis da cama ou suas roupas. Algumas pessoas têm alucinações e chegam mesmo a conversar com essas alucinações.

O estudo sobre a audição no momento da morte foi realizado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC). Na pesquisa foi constatado que a audição é o último sentido a se desligar no momento da morte.