Como é a educação quilombola?

Perguntado por: drosa . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Os princípios que regem a Educação Escolar Quilombola são: o respeito e reconhecimento da história e da cultura afro-brasileira como elementos estruturantes do processo civilizatório nacional; a proteção das manifestações da cultura afro-brasileira; a valorização da diversidade étnico-racial; a promoção do bem de todos ...

O que diferencia uma escola quilombola de uma escola regular é o respeito à cultura e à história do local. Por causa disso, o projeto político pedagógico da escola precisa, além do núcleo comum, estar voltado para a realidade local.

A escola nas comunidades quilombolas é uma garantia de educação para estudantes da educação básica que residem em comunidades quilombolas. Para isso, as escolas quilombolas devem ser garantidas pelo poder público e organizadas com as comunidades e movimentos sociais.

A educação quilombola para a comunidade é de fundamental importância, centraliza suas raízes históricas, costumes e conhecimentos, é ela que possibilita novos horizontes.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, de 2012, estas escolas devem estar inscritas em suas terras, e ter uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, bem como reconhecer e valorizar sua diversidade cultural.

Os desafios são grandes, sendo necessário modificar a cultura escolar, que exclui a diversidade. Na representação quilombola, não é o passado que retorna. É o presente que faz aflorar a história e a ancestralidade dentro das experiências que levam à organização social.

Tradição e condições dos quilombolas
Em geral, música, dança e festas de várias influências, inclusive negras, são realizadas entre esse povo. Uma das danças e músicas tradicionais é o lundu, chamado também de "lundum", que foi introduzido no Brasil por meio de africanos trazidos de Angola e do Congo.

As demandas dos quilombolas nas audiências públicas evidenciaram a vivência destes numa sociedade comum partilhada, sendo suas principais reivindicações no campo da educação: acesso à tecnologia, formação profissional dos jovens e adultos e acesso ao ensino superior.

As escolas quilombolas foram regulamentadas com a criação de Diretrizes Curriculares Nacionais específicas em 2012; o referido documento foi fruto de uma série de discussões realizadas no campo educacional a partir década de 1980.

A escola surgiu da vontade que muitos tinham de permanecer na própria comunidade, sem ter que sair para concluir os estudos ou conseguir um emprego. Antonio Maria ressalta que esta, por si só, já é uma conquista, mas que ainda seria importante trazer mais da cultura quilombola para as salas de aula.

Quilombolas enfrentam ameaças do agronegócio, da especulação imobiliária e do próprio poder público. Para piorar, para o orçamento de 2018, governo não eleito propõe corte de recursos na área.

No Estado de São Paulo há 23 escolas quilombolas, sendo 03 estaduais – EE Bairro Bombas, no município de Iporanga, EE Cangume, no município de Itaóca, ambas pertencentes à jurisdição da Diretoria de Ensino Regional Apiaí e EE Maria Antonia Chules Princesa, em Eldorado, pertencente à jurisdição da Diretoria de Ensino ...

Resumo. A educação quilombola oferece atividades e metodologias que contemplam e valorizam os saberes e fazeres locais, a oralidade e a ancestralidade.

O funcionamento dos quilombos considerava a tradição dos escravos fugidos que neles habitavam. Nessas comunidades, se realizavam atividades diversas como agricultura, extrativismo, criação de animais, exploração de minério e atividades mercantis. Nesses locais, os negros tratavam de reviver suas tradições africanas.

As comunidades quilombolas além de contar a história, mantêm tradições seculares como, por exemplo, o congado e rosário. Além das religiões de matriz africana. “Os quilombos fazem parte da manutenção da nossa história e da cultura brasileira.