Como deve ser o professor para Paulo Freire?

Perguntado por: lmoreira . Última atualização: 5 de maio de 2023
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"O professor é um profissional, que precisa ter fundamentação política e teórica, além de estar sempre refletindo, continuamente, sobre a própria prática", pontua.

carta a quem ousa ensinar do que a significação crítica desse ato, assim como a significação igualmente crítica de aprender. É que não existe en- sinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende.

Tendo em vista que o educador, teoricamente, deve ser o centro das atenções, o mesmo torna-se alvo de constantes avaliações. E tal afirmativa funde-se com a importância a que se deve à constante vigilância no que se concerne à imagem pessoal, uma vez que esta reflete diretamente no bom profissionalismo.

Ele deve ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. Ele deve atuar como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus próprios questionamentos. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de estudo.

Qual o papel e a importância dos professores? De forma geral e bem simplificada, o papel dos professores é educar, informar e guiar os alunos. Dentro da educação, sua importância é inquestionável, afinal, são eles os responsáveis por passar o conhecimento adquirido durante a vida acadêmica para os alunos.

Ser professor é ser um exemplo aos alunos, por ser uma das figuras mais próximas, ele costuma servir de modelo e referencial para as crianças e os jovens, que o admiram por sua inteligência e os inspiram a ser como ele. Além disso, os encoraja a seguir seus sonhos por meio da educação.

Para Freire (1996), a relação entre o professor e o aluno deve ser de maneira que promova a liberdade do ser e a sua autonomia.

Conforme ensina Freire, o estímulo à participação dos estudantes na escola é extremamente importante para a assimilação do que é ser cidadão e cidadã, e para sentir-se sujeito do processo educacional. A escola cidadã deve partir da necessidade dos alunos e das alunas defendendo sempre a educação dialógica.

Paulo Freire propõe a educação com efetividade, evidenciando, para isso, uma relação pedagógica cultural que prioriza a participação do educando, sobretudo a sua autonomia, estabelecendo, para isso, uma prática dialógica na escola.

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor." "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."

Veja cinco ideias indefensáveis que Paulo Freire apoia em seu principal livro, Pedagogia do Oprimido:

  • O mundo se divide entre opressores e oprimidos. ...
  • Che Guevara é um exemplo de amor. ...
  • A educação deve estar a serviço da revolução. ...
  • A família é opressora. ...
  • É preciso combater a “invasão cultural”

O professor deve ser o bom ouvinte, deve observar e conhecer o alunado, propondo metodologias compatíveis com a formação do aluno, e buscar melhorar com esse comportamento a relação ensino-aprendizagem (ARAGÃO, 1993:42).

É preciso adotar uma postura positiva em relação às mudanças paradigmáticas e assumir compromisso com a formação dos alunos e com o desenvolvimento de atividades que atendam às necessidades da realidade atual, inovando sempre o processo de ensino.

A postura docente tendo como foco a formação humana é comum nas Instituições de ensino, pois acredita-se que o professor prima pelo ensino e aprendizado tendo como parâmetro a formação do homem para o meio social e promoção da vida.

Diz respeito à capacidade de lidar com os conteúdos – conceitos, comportamentos e atitudes – e à habilidade de construí-los e reconstruí-los com os alunos.

Segundo Libâneo (1994) o trabalho docente é a parte integrante do processo educativo mais global pelo qual os membros da sociedade são preparados para a participação da vida social.

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