Como Descartes tenta provar a existência de Deus?

Perguntado por: ugalvao . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A prova é magistralmente simples. Ela consiste em mostrar que, porque existe em nós a simples ideia de um ser perfeito e infinito, daí resulta que esse ser necessariamente tem que existir. Descartes conclui que Deus existe pelo facto de a sua ideia existir em nós.

Platão

Além de Sócrates, dois outros filósofos tornaram a filosofia grega digna das palavras elogiosas de Clemente. Seus nomes: Platão (429-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) De todos os homens que falaram sobre Deus antes da Era Cristã, Platão foi o maior.

Assim, através do ato puro e simples de pensar, Descartes provou a existência do pensamento, sem que ninguém pudesse duvidar disso. Imagine qualquer coisa e verá que ela pode ser posta em dúvida, mas o pensamento não, pois o ato de pensar, por si mesmo prova a existência do pensamento.

A resposta de Descartes é não. Porque, segundo ele, tem de haver tanta realidade na causa de uma ideia quanto na própria ideia. A ideia de Deus é a ideia de um ser perfeito.

Como católico em um país protestante, ele foi enterrado em um cemitério de crianças não batizadas, na Adolf Fredrikskyrkan, em Estocolmo. Em 1667, os restos mortais de Descartes foram repatriados para a França e enterrados na Abadia de Sainte-Geneviève de Paris.

Filosofia de René Descartes
Resgatando as teorias platônicas sobre o conhecimento, Descartes deu origem ao racionalismo moderno, defendendo que o conhecimento humano é inato, ou seja, já nasce com o ser humano, que vai, na medida em que estuda, descobrindo tal conhecimento oculto em si.

René Descartes, o pai do racionalismo
O filósofo também ficou bastante conhecido pelas suas contribuições para o início do Iluminismo. Descartes defendia a ideia de que a razão absoluta é a única forma possível para o desenvolvimento da vida humana. O “Discurso do Método” é a sua obra mais conhecida.

Descartes defende pois que, para chegar à verdade, temos de duvidar de tudo. Todas as coisas em que aparecer a menor dúvida devem ser tomadas por falsas. Assim temos que duvidar das coisas sensíveis, pois os sentidos muitas vezes erram.

Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa. Não pode existir efeito sem causa. No entanto, para Aristóteles, além de causa primeira, Deus é também a causa final que cria a ordem do universo.

De acordo com o conceito filosófico Deus é espírito, concreto; e se indagarmos mais de perto o que seria o espírito, então o conceito fundamental de espírito seria aquele desenvolvido em toda a doutrina religiosa.

Albert Einstein tinha uma ideia de Deus não vinculada a nenhuma igreja ou fé estabelecida. Não acreditava num Deus que premiasse os bons e castigasse os maus ou que prometesse a imortalidade.

Dúvida metódica
A dúvida é, portanto, um momento necessário para a descoberta da substância pensante, da realidade do sujeito que pensa. Através da dúvida metódica, o filósofo chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante.

Para Descartes é possível conceber pensamento e extensão como duas substâncias distintas, pois a substância da matéria é a extensão e a substância do espírito é o pensamento. Portanto, a extensão não depende do espírito para existir e, por sua vez, o espírito não depende da extensão para existir.

Outro filósofo que também defende a tese do inatismo é o francês René Descartes. Segundo ele, em sua obra: “Discurso do método” existem três tipos de ideias: Ideias Adventícias, Ideias Fictícias e Ideias Inatas.

O erro de Descartes, segundo Damásio, terá sido a não apreciação de que o cérebro não foi apenas criado por cima do corpo, mas também a partir dele e junto com ele. Best-seller, vendeu 100 mil exemplares no seu primeiro ano de lançamento.

Descartes ambiciona na suas meditações encontrar a verdade e estabelecer o conhecimento em bases sólidas. Para isso, ele precisa rejeitar qualquer coisa que levante o menor questionamento, isso leva à dúvida absoluta sobre tudo.

método cartesiano

Buscando verdades irrefutáveis, o filósofo moderno René Descartes (1596-1650) estabelece o método cartesiano, que consiste em quatro regras: evidência, análise, ordem e enumeração.

Cogito, ergo sum

No entanto não foi um experimentalista. O esteio da filosofia de Descartes, pode ser resumida por sua famosa frase em latim: “Cogito, ergo sum” (penso, logo existo).

A dúvida cartesiana tem como objetivo buscar os primeiros princípios. Como a questão é radical, no sentido de que se busca uma ciência verdadeira e apenas o que é claro e evidente, não existe alternativa senão uma dúvida radical. Radical porque coloca em dúvida não apenas o duvidoso, mas o que é indubitável também.