Como conversar com alguém que tem TDAH?

Perguntado por: tguedes . Última atualização: 27 de abril de 2023
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Conversa sempre olho no olho: pessoas com déficit de atenção conseguem se concentrar melhor em situações um a um do que em grupos. Assim, é melhor conversar individualmente quando se quer favorecer o entendimento. Estabeleça o contato visual e garanta a total atenção na conversa.

A comunicação costuma ser compulsiva, sem filtro para inibir respostas inadequadas, o que pode provocar situações constrangedoras e/ou ofensivas: fala ou faz e depois pensa. Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente.

As pessoas com TDAH tornam as coisas mais intensas e a vida mais difícil do que a maioria das pessoas. Suas mentes estão constantemente criando, projetando, pensando, sem descanso. É como estar num carrossel que nunca para de girar.

Neste sentido, a pessoa que tem TDAH pode não responder a uma pergunta que foi feita pelo interlocutor, pode interrompê-lo com muita frequência, falar simultaneamente a ele ou ainda ser pouco especifico, sem explicar melhor ou dar detalhes que permitam ser entendido.

Pessoas com TDAH podem não ter muita autoconsciência, logo, podem ter dificuldade em perceber a impressão que estão transmitindo a outras pessoas ou como seu comportamento contribui para os problemas que estão vivendo em seus relacionamentos. Quem o diz é o psicólogo Russell A.

1) Você será amado(a) como jamais pensou que fosse possível; 2) Ele(a) te chamará para dançar no meio da cozinha numa tarde de uma quinta-feira, com um sorriso de orelha a orelha; 3) Você nunca ficará entediado(a); 4) Ele(a) te apontará soluções para os seus problemas que você jamais conseguiria descobrir sozinho(a);

Além da criatividade, outras características positivas podem estar relacionadas ao transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Entre elas estão: Resiliência – pessoas com TDAH enfrentam diversos desafios ao longo da vida pelas características inerentes ao transtorno.

Entre os adultos com TDAH, é mais frequente a agressão verbal que a física. Casos de agressividade também são menos frequentes nesse grupo, porque eles tendem a ser menos impulsivos que as crianças. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade geralmente ocorre em conjunto com outros distúrbios.

Sendo assim, os indivíduos adultos com TDAH apresentam reações emocionais impulsivas em diversas situações justamente porque eles têm dificuldade de autocontrolar a reação inicial, e também usar de ações direcionadas e autodirigidas que os ajudariam a acalmar as emoções.

TDAH na Vida Adulta
Os sintomas do TDAH também podem interferir nas relações pessoais, afetando negativamente o convívio familiar, reduzindo as chances de sucesso pessoal e satisfação, e colocando em risco casamentos saudáveis.

Uma das principais comorbidades relacionadas ao TDAH é o transtorno por uso de substâncias (TUS), que inclui dependência de álcool e outras drogas. Diversos estudos indicam a existência dessa conexão.

As semelhanças do TDAH com a síndrome do pensamento acelerado são muitas, já que o sintoma mais característico do TDAH é a inquietação e consequentemente os pensamentos frenéticos que isso causa.

Terapia: A terapia é fundamental, seja individual ou em casal. Assim, o paciente pode compreender seu transtorno e entender o que precisa fazer para lidar com isso. Isso também é necessário para demonstrar que a pessoa com TDAH está interessada em manter o relacionamento e fazer um esforço para estar mais presente.

Dificuldade de concentração, agitação, distração e atitudes impulsivas podem ser sinais de TDAH, o transtorno de deficit de atenção com hiperatividade. A desatenção, juntamente com outros sintomas, podem indicar TDAH e merece atenção.