Como as escravas compravam sua liberdade?

Perguntado por: hcortes . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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Os escravos que desejassem comprar sua liberdade solicitavam uma audiência com o juiz local para que se estabelecesse o valor a ser pago. Tinham de ser representados por um homem livre porque, perante a lei, não eram considerados pessoas, mas propriedade alheia.

A venda dos escravos vindos da África era feita em praça pública, através de leilões,mas o comércio de negros não se restringia à venda do produto do tráfico. Transações comerciais com escravos eram comuns.

Os escravos eram obtidos na África por meio dos traficantes que compravam prisioneiros de guerra ou sequestravam africanos. O tráfico negreiro foi uma atividade realizada entre os séculos XV ao XIX.

Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição - sem nenhuma medida de compensação ou apoio aos ex-escravos.

O projeto foi apresentado dia 9 de maio de 1888, aprovado no Senado e assinado pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888. Com a lei, os escravos conquistaram sua liberdade sem restrições e os senhores de escravos não receberam indenização.

As mucamas ou mocambas, normalmente jovens e bonitas, não tinham uma função muito definida. Podiam fazer diversos serviços domésticos, tomar conta de crianças, fazer companhia às senhoras da casa ou acompanhá-las quando saíam, o que era mais raro.

O Brasil foi o último país da América a abolir o trabalho escravo.

As principais observações que os compradores queriam verificar nas “peças” eram a rigidez dos músculos (por isso apalpavam os escravos). Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde.

No Brasil colonial, os principais mercados de escravos se encontravam nas regiões litorâneas, principalmente na região nordeste e sudeste, onde estavam os principais engenhos de açúcar.

Um escravo de origem africana, do sexo masculino, com essas mesmas características etárias, era orçado em 110$000 réis e do sexo feminino em 85$000 réis. No conjunto da capitania, naquele ano, um escravo valia, em média, 82$000 se fosse homem e 67$000 se fosse mulher (BERGAD, 2004, p. 357).

Os senhores castigavam os escravos caso estivessem insatisfeitos com seu comportamento ou trabalho, nao so para dobrar a vontade desse escravo, mas tambem para servir de exemplo a outros que pensassem em desobedecer suas ordens ou desafiar sua autoridade.

Parte dos vendedores ambulantes e dos quitandeiros já citados, eram estas escravas que também trabalhavam no sistema de ganho, e vendiam diversos alimentos, balas, doces, carnes fritas e grelhadas, quitutes, e outros alimentos.

Escravidão. ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Além de exercerem importante papel como agregadoras da vida comunitária, mantenedoras e divulgadoras de costumes culturais advindos da África, as escravas mais velhas atuavam também como feiticeiras e curandeiras. Lançavam mão de ervas para diversos fins, entre eles o de invocar os deuses.