Como age uma pessoa neurótica?

Perguntado por: aaparicio . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que pode fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são mais preocupados...

Uma pessoa neurótica está permanentemente em conflitos psíquicos que a impedem de aproveitar a existência de forma prazerosa. A neurose geralmente tem início na infância e acompanha a pessoa por toda a vida, com grande indicação de psicoterapia para o seu tratamento.

Dentro do campo das neuroses há basicamente três grupos de categorias pelas quais os processos de defesa se desenvolvem: a histeria, a obsessão e a fobia.

A neurose obsessiva é definida a partir da presença de determinados sintomas: distúrbios do pensamento, com ideias obsessivas, repetitivas, sentidas como corpos estranhos, que provocam sofrimento; e atos compulsivos (rituais como lavar as mãos repetidamente), sobre os quais a pessoa não tem controle e que procuram ...

O neurótico obsessivo crê que no amor, só se dá o que tem. Identificado ao lugar fálico, trabalha, trabalha e trabalha para ter o que oferecer para a sua amada. Ter o que dar é também um jeito de se proteger. Se ele tem algo para oferecer, tem mais chances de manter o seu próprio ser intacto.

Pode ser dividida em três tipos: obsessiva, fóbica e histérica, todas elas podem se manifestar sendo decorrentes de eventos estressantes, que fazem o inconsciente despertar seus sentimentos recalcados. Estas por sua vez podem variar de tipo de acordo com sua origem e dependendo da fase da infância.

Segundo a CID-9, sob neurose entendem-se os seguintes grupos de transtornos mentais:

  • Transtornos fóbicos-ansiosos e outros transtornos de ansiedade;
  • Transtorno obsessivo-compulsivo.
  • Transtorno dissociativo (de conversão)
  • Transtornos somatoformes.
  • Distimia e determinados tipos de depressão.
  • Neurastenia.

A ansiedade neurótica consiste em um medo inconsciente de ser punido por obedecer a um desejo do id. Ela tem base na infância e é um conflito basicamente entre o id e o ego. A ansiedade moral é caracterizada pelo sentimento de vergonha ou culpa por querer atender aos desejos do id.

São exemplos dessas causas: perturbações emocionais ocasionais, esgotamento físico, intoxicações, acidentes traumáticos, sobrecarga intelectual, etc.

A estrutura de personalidade neurótica também tem as suas subestruturas: obsessiva, histérica de angústia e histérica de conversão, sendo que estas serão determinadas pela forma como o Complexo de Édipo será vivenciado e pela maneira com que o superego torna-se presente (BERGERET, 1998).

O comportamento neurótico é marcado, sobretudo, por reações intensas e instabilidade emocional. A pessoa neurótica interpreta a realidade como todo mundo, mas tem reações incomuns aos acontecimentos. Quem não compreende como a neurose funciona interpreta as suas atitudes como “exageradas” ou um desejo de “fazer cena”.

Dê alguns exemplos de como o(a) neurótico(a) utiliza o próprio sofrimento para se favorecer. --- Karen Horney em, “ A personalidade neurótica do nosso tempo“. Nos diz que o sofrimento é um meio de obter o que ele quer, de levar a cabo eficientemente suas exigências e de dar uma base justificada a essas.

O neurótico obsessivo usa o mecanismo de defesa do isolamento, onde há uma separação entre a representação ideativa e a representação afetiva da pulsão, produzindo uma dissociação entre o discurso e o afeto.

Em essência, a principal diferença entre neurose e psicose é a forma em que elas afetam a saúde mental. O comportamento neurótico pode estar naturalmente presente em qualquer pessoa, ligado a uma personalidade desenvolvida. O comportamento psicótico pode ir e vir como resultado de várias influências.

O primeiro passo é buscar uma terapia para aliviar o sofrimento psíquico. Você nomeia o sintoma de neurose obsessiva, então deve ter lido sobre isso. A neurose obsessiva é caracterizada por pensamentos recorrentes, que podem evoluir para outros transtornos, então é indicado o quanto antes o tratamento.

É muito importante que diferenciemos paranóia de neurose obsessiva. Na paranóia, a experiência traumática também acompanha um excesso de gozo que acarreta culpa. Porém, não há formação de uma auto-recriminação e nem seu posterior recalque.