Como a violência urbana afeta a economia?

Perguntado por: rmedeiros . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A violência está, portanto, intimamente ligadas à prosperidade econômica de uma região. “A violência provoca o constrangimento de alguns setores, diminui a circulação de pessoas nas ruas, o comércio fecha mais cedo e, assim, a economia perde dinamismo”, afirma Lima.

As condições de desigualdade, do mercado de trabalho e de acesso à renda tornam isso [o consumo] algo totalmente fora das possibilidades de grande parte da população. Isso gera uma insatisfação horrorosa, que gera, claro, violência também.

O que gera a violência urbana é a desigualdade social a que estão submetidos os cidadãos das urbes em países em subdesenvolvimento. Combinados com a infraestrutura deficitária do equipamento público, os elevados índices de violência refletem o descumprimento da garantia de direitos.

A violência patrimonial — também conhecida como econômica — ocorre quando a propriedade e os meios de subsistência de uma pessoa ou grupo são negados ou retirados por outro indivíduo ou comunidade.

De acordo com os dados contidos no Atlas, "as dez cidades com maiores taxas de assassinatos no Brasil têm nove vezes mais pessoas na extrema pobreza do que as cidades menos violentas".

Perda na qualidade de vida, prejuízo econômico a comerciantes e donos de imóveis, aumento das despesas com saúde e segurança pública e transformações a longo prazo no perfil da população são algumas das consequências da violência no Brasil.

O crescimento urbano desorganizado e a falta de infraestrutura para os moradores das cidades são consideradas duas das principais causas que levam aos casos de violência urbana.

Isso pode ser feito por meio de ações efetivas, do poder público, no combate à miserabilidade nas áreas periféricas, onde, aliás, há maior concentração de pobreza. Ou seja, violência tem solução. Uma medida eficaz é o policiamento comunitário e preventivo nas comunidades. De outro lado, é preciso valorizar a polícia.

A desigualdade social é um dos fatores que agravam quadros de violência. Os homicídios concentram-se em bairros pobres e atingem, em proporção muito maior, a população pobre. A situação é ainda mais preocupante quando se conjugam a desigualdade e o racismo.

Dessa forma, a desigualdade reforçaria a disposição a cometer crimes nas pessoas pobres de duas formas: a baixa renda própria e a alta renda alheia.

Um dos fatores que influenciam a desigualdade socioespacial é a localização das habitações e dos empregos. A distância entre os dois pontos provoca um desgaste cotidiano no movimento pendular, transformando grandes regiões em cidades-dormitório, desprovidas de serviços públicos e privados.

A desigualdade econômica está relacionada a diversos fatores, incluindo questões políticas, sociais, de gênero e de raça. Uma das questões principais é o não interesse em uma distribuição de renda equilibrada, que leva à consequente disparidade.

Para a pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa que revelou que o aumento da violência e da criminalidade está ligado a uma multiplicidade de fatores que perpassam o social, político, ético, cultural e econômico além da crise de valores que vive, atualmente, a sociedade.

Dentre os mais comuns, há quatro: Transtorno de Estresse Agudo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e os quadros associados de ansiedade e transtorno de humor. A manifestação de TEPT é uma das decorrentes da violência, com alto custo em termos de saúde pública.

f) Violência Financeira/Econômica: É o ato de violência que implica dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho, bens e valores da pessoa atendida/vítima.

Violência Patrimonial

  • Controlar o dinheiro.
  • Deixar de pagar pensão alimentícia.
  • Destruição de documentos pessoais.
  • Furto, extorsão ou dano.
  • Estelionato.
  • Privar de bens, valores ou recursos econômicos.
  • Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste.

Conversar com o companheiro e deixar a situação clara é fundamental. Além disso, uma alternativa importante é buscar a terapia de casal. Por meio do tratamento é possível entender o que está por trás da violência econômica, assim como encontrar maneiras de eliminá-las e garantir o equilíbrio e futuro da relação.

Esse desnível faz com que a população mais pobre tenha condições precárias, sendo o dinheiro apenas fonte de sobrevivência. Além disso, as diferenças salariais de acordo com determinadas profissões exercidas também impactam nesse processo, tendo em vista a percepção de valor por poder.

A desigualdade social, chamada também de desigualdade econômica, é um problema social presente em todos os países do mundo. Ela decorre, principalmente, da má distribuição de renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde.

Desigualdade e urbanização
A América Latina também é uma das regiões mais desiguais do mundo e isso pode agravar o problema de violência, segundo especialistas. "Os países com maior desigualdade de renda são mais propensos a ter taxas mais altas de homicídio do que países com menos desigualdade", indica a ONU.

As consequências da violência têm impacto na saúde, tanto física como psicológica , e são complexas de avaliar, uma vez que variam entre o aumento do risco de agravamento da saúde e a possibilidade de acabar com a vida da vítima. Algumas consequências físicas são: Lesões serias. Homicídio.