Como a vestimenta do maculelê mudou ao longo das?

Perguntado por: aramires . Última atualização: 18 de maio de 2023
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1 - A vestimenta do maculelê muda com as sociedades que o adotam e também na medida que patrimônios culturais vão sendo criados. Originalmente dançava-se apenas com a saia tradicional, hoje há saias de outros modelos e até mesmo a prática com as vestimentas típicas da capoeira.

Maculelê é uma dança afro- brasileira, que nasceu em Santo Amaro, na região do recôncavo baiano. A lenda conta que Maculelê era um um homem negro que estava muito ferido e foi encontrado pelos índios. A tribo indígena o acolheu e cuidou dele.

O maculelê faz parte do folclore brasileiro e deve ser preservado como patrimônio cultural, assim como a capoeira. Deve ser mantido e respeitado como tradição. Seja ela trazida por ancestrais africanos ou criada por nativos indígenas, a beleza do maculelê traz em si os traços da miscigenação cultural de um país.

O uniforme utilizado pelos praticantes desse estilo é composto por uma calça preta ou marrom e uma camiseta amarela. Em muitos grupos de capoeira Angola, a roupa utilizada para se jogar é composta por chapéu, paletó, calça e sapato. Antigamente, por uma questão de respeito, não se devia sujar a roupa do adversário.

Significado de Maculelê
substantivo masculino Bailado guerreiro da Bahia, que se exibe em Salvador e na região do Recôncavo baiano por ocasião dos festejos em honra de Nossa Senhora da Purificação.

Segundo Mestre Popó são 3 os atabaques usados no Maculêle, com as seguintes denominações e funções: o Rum: é o atabaque maior com som grave; o Rumpi: é o atabaque de tamanho médio com som “médio”; o Lê: é o atabaque pequeno com sm mais agudo.

Por outro lado, o pesquisador Plínio de Almeida (Pequena História do Maculelê), cita que essa dança teria sido trazida possivelmente por escravos de Moçambique, em meados do século 18. O Maculelê era representado nos Cucumbis da Bahia, que ocorriam na véspera do Dia de Reis, no século 19.

Acontecia nas praças e nas ruas da cidade e era considerada uma festa “profana'' realizada pelos negros escravos. em marcha guizada, a “Marcha de Angola'', que tem algo de capoeira e de samba, tudo isso em movimentos sempre ao compasso das batidas das grimas (bastões)”.

Misto de dança folclórica e luta surgida da Bahia, o Maculelê tem sua origem ligada aos escravizados que foram trazidos do continente africano para o Brasil no período colonial e que usavam os movimentos dessa arte marcial para se defender dos horrores da escravização.

Nesse sentido, para a dança em geral e para o maculelê, a música é de extrema importância, pois gera um ritmo pelo qual os dançarinos podem seguir a fim de executar uma coreografia, com isso o ritmo das execuções dos passos dos dançarinos acompanham o ritmo da música.

As apresentações de maculelê seguem o estilo do amálgama entre as culturas indígena e afro-brasileira, com um dos instrumentistas cantando um verso solista, seguido pela resposta em coro dos demais praticantes.

Calça de Capoeira (Abadá)

Jamais utilizar os conhecimentos que foram adquiridos na roda em brincadeiras ou possíveis agressões na rua; Sempre obedecer ao comando do berimbau durante a prática capoeirista; Praticar todos os dias os movimentos que já foram apreendidos ao longo dos treinos; Não se afastar ou virar de costas para o seu parceiro.

A palavra capoeira significa "o que foi mata", por meio da conexão dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Alude às áreas de mata rasa do interior do Brasil, onde era feita a agricultura indígena.

O maculelê em sua origem era uma arte marcial armada, mas atualmente é uma forma de dança que simula uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música.

A música no Maculelê é composta por percussão e canto, sendo o atabaque o seu principal instrumento. São utilizados três atabaques, o Rum (atabaque maior com som grave), o Rumpi (atabaque de tamanho médio com som intermediário), e o Lê (atabaque pequeno com som mais agudo).

Segundo Plínio de Almeida (Pequena História do Maculelê) o maculelê existe desde 1757 em Santo Amaro da Purificação e as cores branca e vermelha nos rostos, que assustavam as pessoas, poderia ser símbolos de algumas tribos Africanas, como por exemplo, os Iorubas.