Como a solidão afeta o cérebro?

Perguntado por: igomes . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Ficar sozinho por muito tempo aumenta a liberação do cortisol pelo cérebro, o chamado “hormônio do estresse”. E os efeitos são semelhantes ao de estar estressado: maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, diminuição da imunidade e surgimento de sintomas de depressão e ansiedade.

A autofobia é o medo de ficar sozinho, medo da solidão. Além disso, é uma fobia específica do isolamento: a pessoa tem medo de ser egoísta, estar só e isolada. Quem tem essa fobia não está necessariamente sozinho, mas só de pensar que está sendo ignorado ou abandonado é motivo para desencadear os sintomas .

O sentimento de solidão, assim como a depressão e ansiedade, sinalizam ao cérebro que o corpo está sob estresse, aumentando o nível do hormônio cortisol, que é conhecido como hormônio do estresse.

Solidão e isolamento também estão associados com aumento da pressão sanguínea, níveis elevados de colesterol, depressão e, como se não bastasse, em uma diminuição de habilidade cognitiva e surgimento de Alzheimer. Os seres humanos evoluíram para estarem conectados.

A solidão é um sentimento comum ao homem. A ideia de solidão e desamparo é inexorável ao homem. O homem nasce desamparado em sua existência, dependendo do cuidado do outro, para a sua sobrevivência. Freud, ao longo de todo o seu desenvolvimento teórico, aponta a dependência que o ser humano possui de outro.

De acordo com o psicólogo Vitor Friary, a solidão pode ser um reflexo de questões internas ainda não resolvidas por alguém. Por exemplo, uma pessoa que sofre com baixa autoestima, pode pensar que não é boa o bastante para estar com determinadas pessoas ou que não tem o perfil certo para estar em um local.

Crises de ansiedade e depressão costumam ser bem frequentes em situações de solidão. A sensação de vazio e abandono, junto à perda de energia e vontade de fazer atividades que até então eram prazerosas, são os principais sintomas.

A correria do dia a dia, o luto, insatisfação com o corpo, problemas na vida amorosa ou no trabalho, tudo isso pode ser capaz de facilitar o aparecimento de doenças como: aumento da pressão arterial, AVC e até trombose.

8 tipos de solidão: qual é a sua?

  • A solidão livre.
  • A solidão autoimposta.
  • A solidão da diferença.
  • A solidão entre os outros.
  • A solidão criativa.
  • A solidão do emigrante.
  • A solidão de geração.
  • A solidão nas Redes Sociais.

Busca exagerada por prazer e diversão agrava o problema, afirma especialista. O Brasil é a nação onde as pessoas mais sentem solidão, de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos. O levantamento de 2021 ouviu 23 mil pessoas de 28 países e mostrou que 50% dos brasileiros se sentem sozinhos. A média global é de 33%.

O pior tipo de solidão que existe é a solidão de ser incompreendido. Ela pode fazer as pessoas perderem a noção da realidade. Pensador: colecione e compartilhe frases, poemas, mensagens e textos.

A tristeza gera em nosso organismo uma diminuição muito notável de energia. Além disso, sentimos a necessidade de limitar nossas relações sociais, que nos incomodam, o barulho pode até nos perturbar, até mesmo o de nosso próprio ambiente se torna algo ruim, e preferimos de longe a solidão.

Em 2012, uma pesquisa concluiu que morar sozinho corta, em média, 4 anos da vida das pessoas. E tem mais: entre jovens solitários, o risco de morte é 9% maior do que o de idosos que têm amigos.

Mas a vida em confinamento pode causar doenças físicas por si só. Ficar em casa por tanto tempo contorce o corpo, enfraquece o coração e os pulmões e até prejudica o funcionamento do cérebro. Os efeitos da vida isolada podem permanecer conosco além do fim da pandemia (seja lá quando isso acontecer).

Estratégias para superar a solidão

  1. Investigue a origem do sentimento.
  2. Priorize a qualidade das interações.
  3. Descubra novos caminhos para seguir sozinho.
  4. Pratique, pratique, pratique.
  5. Tenha sempre meios de combater o tédio.
  6. Busque o bem-estar emocional na terapia.

Assim, a falta de convívio interpessoal e a escassez de troca de afeto são fatores significativos para o desenvolvimento de quadros depressivos. Da mesma forma, o sentimento de solidão já é um dos principais sintomas dessa doença.

João 16:33: “Tenho-vos dito essas coisas para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Se há alguém que compreende a solidão, essa pessoa é Jesus Cristo. Ele realizou Sua Expiação para que nós verdadeiramente nunca tenhamos que nos sentir sozinhos.