Como a religião pode contribuir para a boa convivência?

Perguntado por: rcarvalho . Última atualização: 27 de maio de 2023
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A força ética das religiões pode contribuir para a formação de uma cultura de paz e tolerância entre os seres humanos. O Ensino Religioso, como disciplina escolar, pode promover o respeito entre as pessoas, fomentando a convivência harmoniosa entre pessoas que possuem convicções religiosas diferenciadas.

Conforme apontam Assis et al. (2006), a aderência das práticas religiosas pode ser considerada como um fator protetivo, uma vez que permite o fortalecimento de vínculos no relacionamento familiar, na provisão de apoio, suporte e respeito mútuo.

A convivência inter-religiosa é uma semente que devemos cuidar e fazer crescer todos os dias. Mesmo aqueles que não acreditam fazem parte do nosso convívio. Devemos incluir e não excluir. Respeito, valor fundamental para iniciar, desenvolver e reforçar todo diálogo.

Muitas religiões contribuem para a humanização das sociedades humanas quando buscam ajudar as pessoas a serem felizes e solidárias umas com as outras, bem como, quando promovem a defesa da vida, do bem comum, da justiça, da paz, da fraternidade e do respeito entre todos os povos.

A religião autêntica preocupa-se ainda em formar seus adeptos de modo a exercerem um juízo crítico sobre a guerra; a refletirem continuamente sobre as condições para a paz mundial, transformando o resultado disso em tema e conteúdo de orações e preces; a rejeitarem a guerra global e todas as formas de contendas; a ...

Além disso, o reconhecimento da liberdade religiosa pode ser considerado um aspecto fundamental na preservação e no fortalecimento da democracia. Isso porque ela preza pela liberdade de consciência individual e pelo respeito mútuo à diversidade de crenças.

Pelo fato de a maioria das religiões pregar a lealdade à mesma, ela indiretamente prega a lealdade aos valores e padrões morais de certa sociedade, além de prover mecanismos coercitivos e rotulações para indivíduos desviantes dos padrões sociais, e premiações para indivíduos que agem de acordo com os paradigmas sócio- ...

Está ligada a vida e a história da pessoa. É uma experiência totalizante. A experiência religiosa, ao que tudo indica, é um constituinte da vida humana como também a razão e os sentimentos. Porém, a participação da religião ao longo da história se fez de diferentes maneiras, conforme as condições de cada época.

Por religião se entende um sistemas de crenças que estabelece as relações dos grupos sociais com um ser transcendente. As religiões são compostas por narrativas históricas, símbolos e tradições que se destinam a dar sentido à vida, a explicar sua origem e a do universo.

A chave para combater a intolerância religiosa é o conhecimento e o respeito. Afinal, mesmo que uma pessoa ou um Estado não concorde com a sua religião é preciso aprender a conviver com as diferenças.

A religião constitui um sistema estruturado de percepções e conceitos sobre o mundo, fazendo assim um sistema de “estrutura estruturante”, sendo objeto de conhecimento e construção do mundo dos objetos, como formas simbólicas (BOURDIEU, 1998).

O papel da religião é central na construção da visão coletiva e individual das realidades, assim como nos processos de identificação e distinção dos indivíduos e grupos ao longo da história e em espaços diferentes (COSTELLA, 2004, p. 101).

O Estado deve buscar a imparcialidade em relação às religiões, evitando discriminações em todos os sentidos. A criação de igrejas e cultos religiosos não é permitida às pessoas de direito público, não podendo, inclusive, participar de forma alguma no funcionamento delas (artigo 19, Constituição Federal).

Podemos dizer que respeitar a diversidade religiosa é uma das atribuições de ser cidadão, valorizando assim, as contribuições que cada cultura religiosa teve ao longo da história. Por isso, é fundamental considerar as diferentes tradições religiosas nos conteúdos escolares.