Como a radiação pode matar?

Perguntado por: dmaciel6 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação(divisão) das células. O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol.

As radiações ionizantes são aquelas que têm energia suficiente para remover dos átomos, elétrons firmemente dispostos, criando então os íons. Têm energia suficiente para danificar o DNA das células e causar câncer. Elas podem ser classificadas com não evitáveis (naturais) e evitáveis (não naturais).

raios gama

Os raios gama são os mais perigosos porque atravessam o corpo e deformam as células, podendo levar a vários tipos de câncer.

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo.

Dependendo dos fatores de exposição, principalmente da forma como se deu a exposição, a radiação pode permanecer por muitos e muitos anos na superfície ou no corpo de um indivíduo.

A partícula beta pode atingir uma velocidade de até 95% da velocidade da luz, já a partícula alfa é mais lenta e atinge uma velocidade de 20.000 km/s, e os raios gama atingem a velocidade das ondas eletromagnéticas (300.000 km/s).

Quanto maior a exposição à radiação, maior a chance de uma pessoa desenvolver câncer e outras doenças como anemia, pneumonia e até a falência do sistema imunológico. A radiação pode alterar o material genético das células, provocando seu crescimento desordenado.

A radiação no organismo humano produz efeitos, que representam danos diferentes para cada região afetada. As gônadas sexuais, os pulmões, o estômago e a medula óssea apresentam uma grande sensibilidade à radiação.

Ele apresenta sete tipos de radiação que interagem de formas diferentes com a matéria e estão presentes em nosso cotidiano, em aplicações tecnológicas, são elas: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, radiação ultravioleta, raios x e raios gama.

Os aparelhos de Raios X, Tomografia Computadorizada, Densitometria Óssea e Mamografia utilizam um tipo especial de radiação ionizante, chamada de raios X, que tem a capacidade de atravessar corpos que a luz habitual não atravessa. Os aparelhos de Ultrassonografia e Ressonância Magnética não utilizam radiação ionizante.

A explosão de um dos reatores da Usina Nuclear de Chernobyl em 1986, na Ucrânia, liberou cerca de 27 kg de césio-137 à atmosfera. O material radioativo se espalhou para diversos países da região, afetando a qualidade das águas, dos solos e a saúde da população.

oganessônio

Um dos elementos mais instáveis tem o número atômico 118, elemento não natural que recentemente recebeu o nome de oganessônio (Og).

Os níveis de radiação ionizante nas áreas mais afetadas no prédio do reator foram estimadas em 5,6 roentgens por segundo (R/s), o equivalente a 20 mil roentgens por hora. Uma dose letal de radiação é equivalente a 500 roentgens (ou ~5 Gray (Gy) em unidades modernas) por um período de cinco horas.

Consequências da tragédia
Nas primeiras horas após o contato com o césio 137, os efeitos físicos causados nas vítimas incluíam tontura, vômito, náuseas e diarreia. Em cerca de 16 dias, várias pessoas começaram a apresentar queimaduras e terem seus corpos mutilados.

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O cimento é o mesmo que segue até hoje no terreno, que foi adquirido pelo estado para evitar qualquer perfuração ou construção. Desde que o acidente foi identificado, o espaço é monitorado por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Calcula-se que milhares de anos se passarão – estimativas citam até 20 mil anos – para que a zona de exclusão de Chernobyl volte a ser habitável.

As fontes naturais da radiação ionizante são os raios cósmicos e os radionuclídeos provenientes da crosta terrestre, encontrados em locais como no solo, nas rochas, nos materiais de construção, na água potável e no próprio corpo humano.