Como a Igreja reagiu às heresias?

Perguntado por: ialbuquerque2 . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Assim, a Igreja optou por instituir, a partir do papa Gregório IX, o Tribunal da Santa Inquisição, em 1229. A Igreja estendeu essa tarefa de combate às heresias ao braço secular (que não está sujeito a uma ordem religiosa), permitindo e justificando o uso da violência contra os hereges.

Concílio de Trento – A resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante foi a Contrarreforma, que foi pensada entre os anos de 1545 e 1563, na cidade italiana de Trento. Um concílio foi convocado pelo Papa Paulo III para que o alto clero católico se reunisse para reagir à cisão promovida pela Reforma.

Com a Contrarreforma, a Igreja Católica reforçou sua doutrina e o poder exercido pelo Papa. Além disso, instituiu o Tribunal da Inquisição, que deveria julgar as práticas daqueles que não concordavam e atacavam as doutrinas católicas.

A palavra heresia tem origem no idioma grego e significa “escolher”. Segundo a Igreja Católica, uma heresia é toda doutrina religiosa que contraria os princípios da fé estabelecidos pela própria Igreja.

A contrarreforma é entendida como a reação da Igreja Católica ao avanço do protestantismo pela Europa. Ela se deu por meio de uma série de ações realizadas pela Santa Sé, que incluíram a catequização de pessoas por meio dos jesuítas, a reativação do tribunal da Inquisição, a proibição de certos livros etc.

O herege e a inquisição
Nele os suspeitos de heresias, era interrogados e torturados para a confissão da culpa. As punições eram severas, os hereges eram torturados, enforcados ou queimados vivos.

a) No combate às heresias medievais, a Igreja utilizou-se da Inquisição das Cruzadas e do rígido controle ideológico sobre a sociedade.

A Inquisição foi estabelecida pelo papado durante a Idade Média (século XIII) com o objetivo de combater a heresia, ou seja, qualquer linha de pensamento contrária a da Igreja Católica na época. A primeira aparição da Inquisição se deu na França como resposta aos movimentos apóstatas e heréticos na visão da Igreja.

As reformas religiosas foram movimentos que ocorreram durante o século XVI na Europa. Provocaram a dispersão da população - que antes estava reunida apenas na Igreja Católica - para outras religiões, também cristãs, mas que não se submetiam mais aos dogmas católicos e à autoridade do papa.

Lutero negava o direito divino do solidéu papal e da autoridade de possuir as chaves do Céu que, segundo ele, haviam sido outorgadas apenas ao próprio Apóstolo Pedro.

Esses movimentos religiosos questionavam a falta de moralidade, o abuso do poder, a avareza, a corrupção e todo tipo de desvio comuns na Igreja Católica na Europa. Alguns historiadores entendem, por exemplo, que os valdenses, surgidos na França, no século XII, já eram um movimento reformista.

A Reação Católica representou a sobrevivência da insatisfação da Igreja Católica, revivificada como luta de campo político-religioso neste período. Este trabalho situa-se no campo da História Social das Ideias Políticas e na interface entre cultura religiosa e cultura política.

Martinho Lutero

As origens dos protestantes. A corrente religiosa conhecida no Brasil como evangélica deriva de um movimento que começou oficialmente em 1517. Naquele ano do século 16, o monge católico e teólogo alemão Martinho Lutero pregou na porta de uma igreja em Wittenberg (Alemanha) suas "95 Teses".

Para agravar a situação, o poder da Igreja católica foi abalado por uma série de críticas surgidas dentro da própria instituição. Isso porque, desde o final da Idade Média, a Igreja vinha se desviando de seus princípios e seus valores iniciais, usufruindo, por exemplo, do luxo, da riqueza e da ostentação.

Era lugar-comum que as heresias fossem entendidas como agentes da inquietude, da inconstância, do desregramento e da desobediência, da contravenção e da destruição de modelos.