Como a fobia social age no cérebro?

Perguntado por: oguimaraes . Última atualização: 25 de abril de 2023
4.7 / 5 4 votos

Pessoas com fobia social produzem alta quantidade de serotonina. Um estudo recente realizado pela Universidade de Uppsala, na Suécia, afirma que pessoas com fobia social apresentam níveis muito altos de serotonina – eurotransmissor que atua no cérebro, controlando o humor, emoções e comportamentos.

Algumas dessas causas incluem fatores hereditários, alterações na estrutura cerebral, influência do meio onde vivem, traumas ou experiências negativas, exposição frequente a fatores de risco na infância, temperamento e até mesmo a persistência de novas situações que demandem interação social.

Consequências da ansiedade social
A longo prazo, isso pode causar a ruptura de amizades e até mesmo laços de afinidade com familiares. Além disso, há também o risco da perda de emprego, já que a pessoa com fobia social não consegue executar tarefas que exijam contato com outras.

A Fobia Social desenvolve-se com base nas experiências e aprendizagens do passado, principalmente na infância e adolescência. Os acontecimentos negativos e/ou traumáticos na vida de uma criança, como conflitos familiares, experiências de humilhação ou bullying podem estar na origem deste transtorno.

8 dicas para superar a fobia social

  1. Aceite o que você pensa para mudar o que você pensa. ...
  2. Mude o que você pensa para mudar o que você faz. ...
  3. Siga a realidade. ...
  4. Abandone o perfeccionismo. ...
  5. Exponha-se gradualmente. ...
  6. Perca o medo de errar. ...
  7. Aprenda a perguntar. ...
  8. Sempre é um bom momento para começar.

O tratamento mais eficaz para fobias específicas é um tipo de psicoterapia chamada terapia de exposição. Durante a terapia de exposição, você trabalha com um psicólogo para aprender a dessensibilizar-se ao objeto ou situação que teme.

O QUE É A ANSIEDADE
O medo é uma resposta adaptativa a situações de perigo, manifestado por resposta de luta ou fuga, através do Sistema Nervoso Visceral Simpático (SNV). Temos medos inatos e medos adquiridos através da experiência.

Apenas com a avaliação de um profissional da saúde mental as formas de tratamento mais oportunas podem ser encontradas. O fundamental é entender que a fobia social não é uma realidade intransponível. Solidão, tristeza e medo podem ser superados, com apoio psicológico adequado.

A ansiedade social pode tornar difícil estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Ela pode afetar todos os níveis de relacionamento, desde aqueles com desconhecidos ou encontros casuais até aqueles com familiares e pessoas mais próximas.

A ansiedade social é um transtorno crônico, que geralmente dura 6 meses ou mais.

Os sintomas da fobia social são avaliados pelo comportamento do indivíduo em determinadas situações. Pessoas com fobia social vão além do desconforto de se expor ou falar com outras pessoas, tendo seu dia a dia afetado, pois sofrem com o nervosismo de conviver socialmente.

Pessoas tímidas têm receio de errar, de serem julgadas por pessoas próximas ou desconhecidas e de se sentirem rejeitadas. Para quem tem fobia social, essas sensações se transformam em aversão e pavor, que tomam conta de todo o organismo. O resultado é a manifestação de sintomas de ordem física e psicológica.

Os antidepressivos tricíclicos (imipramina, clomipramina), o ácido valproico e a buspirona têm apresentado resultados negativos. A paroxetina é o medicamento mais estudado com metodologia duplo-cega, com melhores resultados e com boa tolerância.

O transtorno pode começar na infância, arrastar-se pela adolescência e atingir a vida adulta. Quanto mais cedo for enfrentado, melhores serão os resultados e menos sofrimento trará para seus portadores. Veja entrevista sobre fobia social.

A timidez é definida por alguns manuais de psiquiatria como uma condição complexa, que abrange desde a sensação de desconforto até algum tipo de medo irracional quando nos vemos diante de certa situação de socialização. Alguns autores defendem que a timidez esteja inclusive ligada à origem de alguns ataques de pânico.

O medo da interação com pequenos grupos na escola pode levar a prejuízo acadêmico. A educação tende a ficar comprometida em crianças que sofrem de ansiedade social e eles têm mais chances de abandonar a escola precocemente (Nardi, 2000).