Como a família deve agir com um esquizofrênico?

Perguntado por: orezende . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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A psiquiatra explica que pessoas com esquizofrenia podem conviver tão bem com familiares e amigos quanto melhor for sua aderência ao tratamento, o apoio dos familiares, a psicoeducação dos mesmos e quanto menor for o preconceito dos que o cercam.

Não hesite em procurar ajuda especializada. Por fim, uma das condutas mais adequadas ao lidar com o surto psicótico é a busca por profissionais especializados. Seja durante ou logo após o episódio, é muito importante procurar acompanhamento e entender os motivos que podem ter desencadeado o surto.

De acordo com recente entendimento do Superior Tribunal de Justiça, os pais de portador de esquizofrenia paranoide que seja solteiro, maior de idade e more sozinho, têm responsabilidade civil pelos danos causados durante os recorrentes surtos agressivos de seu filho, no caso em que eles, plenamente cientes dessa ...

Apoio familiar proporciona mais qualidade de vida a paciente com esquizofrenia. Inserir o paciente na sociedade é, de uma forma geral, um fator importante para a qualidade de vida. Uma família engajada no tratamento e que dê suporte ao esquizofrênico ajuda a obter resultados melhores.

Sem tratamento, esquizofrenia piora a cada crise
Cada surto provocado pela doença leva a uma piora dos sintomas e à necessidade de doses maiores da medicação para obter o controle da patologia.

Se for avaliado que o paciente tem capacidade de gerenciar a própria vida, nada o impediria de morar sozinho. Contudo, para evitar riscos, seria necessário haver uma rede de apoio que conseguisse identificar uma piora do funcionamento ou retorno dos sintomas psicóticos do paciente”, esclarece a médica.

Sem tratamento, o surto pode durar semanas e até vários meses. Após saírem do surto, os pacientes podem apresentar sintomas residuais, que normalmente são os sintomas negativos: isolamento social, menor interação afetiva, retraimento e falta de vontade para atividades diversas.

Dificuldades na associação entre relação amorosa e esquizofrenia. Além de dificultarem um romance envolvendo um esquizofrênico, esses sintomas (especialmente a dificuldade de interação social, que é um sinal clássico do transtorno) fazem com que ele mesmo não tenha interesse e vontade de cultivar esse tipo de laço.

Entre as alterações mais significativas e perceptíveis no paciente esquizofrênico, podemos destacar a indiferença afetiva, pensamentos confusos e desconexão com a realidade. Em casos mais sérios, as crises podem ser marcadas por alucinações e delírios.

É possível que o esquizofrenico fora de crise tenha consciencia da própria doença e da necessidade de procurar ajuda, porém, não é comum. Normalmente as pessoas próximas é que percebem a necessidade de tratamento especializado, que no caso deve ser medicamentoso e psicoterápico.

Traumas psicológicos também podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da patologia. “Muitas vezes, as vítimas de esquizofrenia foram expostas à violência, ao abuso sexual, à morte, ao divórcio ou a outros tipos de estresse na infância. Viver em uma família problemática é um fator de risco relacionado.

Ele é tomado por delírios, que são sempre pensamentos. Mas também pode ter alucinações, ou seja, percepções irreais dos órgãos dos sentidos. Na esquizofrenia, as alucinações são tipicamente auditivas. Alguns relatam ouvir vozes quando estão sozinhos.

O paciente esquizofrênico que sofre com delírios de perseguição pode sim rejeitar os medicamentos, e é possível que o próprio medicamento seja assunto do delírio. O delírio dele pode lhe dizer que o remédio lhe fará mal. Nesse caso eu sugiro que seja procurado um psicólogo experiente no quadro psicótico.

"Os pacientes às vezes escutam vozes, escutam sons que não são reais. Eles podem ter discursos e comportamentos desorganizados. As alucinações mais comuns no caso de esquizofrenia são as auditivas. Nesse quadro, de fato, o paciente escuta vozes que mandam ele fazer alguma coisa.

“A esquizofrenia tipo hebefrênica é a mais grave, pois cursa desde o início com sintomas chamados negativos, que são embotamento afetivo, isolamento social e perda de interesse, motivação, lógica e iniciativa”, explica o psiquiatra Miguel Angelo Boarati.

Existem três benefícios que a pessoa com Esquizofrenia pode ter direito de receber do INSS. Porém, a pessoa só terá direito de receber um deles. Os benefícios são: Auxílio-doença, Aposentadoria por invalidez (Incapacidade permanente) e o Benefício assistencial conhecido como BPC ou LOAS.

Pacientes com esquizofrenia não são perigosos
“Durante as crises, especialmente naquelas em que o paciente se sente perseguido, pode haver comportamento agressivo, mas na maior parte das vezes, o esquizofrênico não oferece risco aos outros”, afirma Aratangy.

Sentem tanto quanto nós, mas às vezes não demonstram. Como a colega já disse, pessoas com esquizofrenia podem experimentar tais emoções. O transtorno esquizofrênico pode comprometer o afeto, mas essa alteração pode não ser permanente, e pode haver superação com tratamento psiquiátrico e psicoterápico adequados.