Como a Espinosa entende a substância?

Perguntado por: ocaetano . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Spinoza define substância como aquilo que “existe sem necessidade de outro para existir”, de modo que apenas um elemento se encaixa em tal definição: Deus – uma vez que Ele é causa de si e existe em si mesmo.

Espinosa é um racionalista – a realidade é inteiramente inteligível e pode ser plena e totalmente conhecida pela razão humana –, mas não é um intelectualista, pois não admite que basta ter uma ideia verdadeira de alguma coisa para que isso nos leve da paixão à ação, ou seja, para que se transforme a qualidade de nosso ...

Os pontos básicos da doutrina religiosa que fundamentam a fé universal para Spinoza são os seguintes: 1 - Deus existe e é justo e misericordioso; 2 - Deus é único; 3 - Deus está em toda parte e conhece tudo; 4 - Deus domina tudo e faz tudo; 5 - Cultuar a Deus é ser justo, caridoso e amar o próximo; 6 - Quem viver desse ...

A Ética espinosana, bem como o fundamento teórico do Psicodrama, exaltam a ética da alegria que nos conduz à ideia adequada de nós mesmos e de Deus. Spinoza e Moreno atentam para uma maneira de ser que nos convoca a buscar união com as coisas e seres que fortalecem nosso corpo e nossa alma.

Espinoza sustentava a importância da liberdade de pensamento e de expressão, a fim de tornar possível a qualquer um a procura do bem mais elevado, e, por consequência, opunha-se à interferência do poder religioso na esfera política e a todas as formas de intolerância que pudessem resultar desta ou de outras causas.

O Entendimento finito e infinito
Mas, enquanto na Filosofia de Descartes Deus é transcendente, e, portanto, enquanto entendimento infinito, é a causa transcendente do entendimento finito; no spinozismo Deus é imanente, e, portanto, enquanto entendimento infinito, é a causa imanente do entendimento finito.

Conforme escreveu Einstein, "acredito no Deus de Spinoza, um Deus que se manifesta na harmonia de tudo o que existe, e não num Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens". Para Spinoza, as próprias leis da natureza podiam ser identificadas com a mente de Deus.

Para Espinosa, a liberdade humana se refere à potência do corpo e da mente de realizar sua essência de perseverar-se na existência - o conatus referido mais acima. Assim, Espinosa realiza o feito de colocar a essência da liberdade na história.

Spinoza classifica o corpo humano como um modo finito do atributo extensão, constituído de vários corpos, cada um dos quais muito compostos, e considera a mente humana como um modo finito do atributo pensamento, ou seja, uma força pensante ou um ato de pensar.

Entre as contribuições filosóficas, está a teoria dos afetos, do filósofo holandês Baruch Espinosa. Vygotski fez diversas referências à filosofia espinosiana no que diz respeito à concepção da regulação do comportamento ou intelectualismo.

Três Princípios Fundamentais da Ética em Pesquisa

  • Respeito pelas pessoas.
  • Beneficência.
  • Justiça.

A professora Marilena Chauí ensina, ainda, que o campo ético é constituído por três elementos:

  • Pessoa, agente ou sujeito moral;
  • Valores morais, virtudes éticas ou fins morais; e.
  • Meios para que a pessoa possa atingir os fins éticos.

A virtude em Espinosa pode ser entendida como força, como a perseverança do ser, a expansão do conatus, a potência de agir. A virtude assim determinará a teoria dos afetos, é o desejo que se segue das ideias adequadas, sendo alcançada pelo uso da razão.

O amor e o ódio são os próprios afetos de alegria e tristeza conjuntamente à ideia de causa exterior (ESPINOSA, 2015, EIII def. 1 e 2, p. 343-345).

Segundo Spinoza, a posição “indiferentista” de Descartes está menos longe da verdade do que as posições que adotam um modelo finalista do exercício da vontade divina (como será o caso de Leibniz) porque ela contém a tese verdadeira de que Deus é causa eficiente não apenas das existências das coisas, mas também de suas ...

De acordo com Spinoza, Deus era sinônimo de natureza o qual estaria refletido na harmonia e na existência de todas as coisas. Ou seja, ele acreditava num Deus transcendental e imanente.

O que as Obras póstumas nos sugerem é que a relação entre Espinosa e o cartesianismo é, primordialmente, uma relação de aprendizado; como se ele aprendesse a filosofar e pensar modernamente lendo e estudando Descartes.

A posição teológica de Spinoza é conhecida pela expressão Deus sive Natura, encontrada originalmente na obra Meditações do filósofo René Descartes, que apresenta a ideia de uma divindade imanente e unida à natureza.

Em 1656, Spinoza foi excomungado de sua sinagoga e expulso da comunidade judaica, por ter se recusado a aceitar determinados aspectos da ortodoxia judaica.

Espinosa diz que a nossa vontade é submetida às leis naturais, como todos os outros fenômenos. A vontade é a essência do ser e tudo possui uma causa, portanto ela também. Ele usa o conceito de conatus para falar da vontade de esforço que temos, de autoconservação.