Como a depressão afeta o hipocampo?

Perguntado por: acaldeira . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
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Um estudo publicado na revista Molecular Psychiatry provou de uma vez por todas que a depressão recorrente encolhe o hipocampo – uma região do cérebro responsável pela formação de novas memórias – levando a uma perda da função emocional e comportamental.

DEPRESSÃO. Queixas de memória são frequentes em pessoas com depressão e podem estar relacionadas à avaliação negativa que o indivíduo faz de si mesmo, à diminuição de interesse e motivação, bem como às alterações de atenção e concentração que ocorrem neste quadro.

A depressão afeta o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal. Essas três regiões do cérebro respondem por funções importantes, como o processamento da memória, aprendizado, concentração e cognição.

O estudo publicado pela US National Library of Medicine comprovou que o hipocampo produz neurônios novos quando o corpo fica exposto à prática do sexo de forma continuada, melhorando assim a função cognitiva.

Lesões no hipocampo afetam a memória anterógrada, o que impede a construção de novas memórias, sem afetar as lembranças antigas (memória retrógrada). A relação entre o hipocampo e memória foi descrita em 1957 por William Scoville e por Brenda Milner.

O hipocampo é uma formação pequena e curva no cérebro que desempenha um papel importante no sistema límbico. O hipocampo está envolvido na formação de novas memórias e também está associado ao aprendizado e às emoções.

Aqui estão os diferentes tipos de depressão que são mais comuns.

  • Depressão maior. A depressão maior é o tipo mais grave de depressão. ...
  • Distimia. Entre os tipos de depressão, a distimia é menos grave que a depressão maior. ...
  • Depressão ansiosa. ...
  • Depressão Psicótica. ...
  • Depressão pós-parto.

Áreas importantes do cérebro
As áreas que desempenham um papel significativo na depressão são a amígdala, o tálamo e o hipocampo (veja a Figura 1). Pesquisas mostram que o hipocampo é menor em algumas pessoas deprimidas.

2) Depressão
Importante causa de esquecimentos em jovens, principalmente devido a redução de neurotransmissores essenciais para as funções cognitivas, como a serotonina, dopamina e noradrenalina. Além de causar disfunção executiva (dificuldade no planejamento e realização de tarefas) e déficit de atenção.

Neurociência da Depressão
O conhecimento atual de neurociência e psiquiatria classifica a depressão como uma doença do cérebro. Isso não quer dizer que a causa do sofrimento está somente nas conexões cerebrais, mas que quando alguém está sofrendo com um quadro depressivo, seu cérebro está funcionando de forma alterada.

Isso ocorre porque a depressão altera estruturas do cérebro que estão envolvidas tanto na regulação emocional quanto nas funções cognitivas como memória e atenção. Uma destas regiões do cérebro é o hipocampo que chega a ter dimensões reduzidas em casos de depressão crônica.

Na avaliação neuropsicológica de pacientes deprimidos, os domínios cognitivos mais comumente afetados são: evocação após intervalo de tempo, aquisição da memória, atenção, concentração, flexibilidade cognitiva e abstração(Zakzanis, Leach e Kaplan, 1999).

Alimentos que aumentam a serotonina e a dopamina melhoram o funcionamento do cérebro, assim como os estados depressivos leves ou o simples desânimo.

Além disso, exercícios físicos podem aumentar o hipocampo, áreas que realizam o armazenamento e processamento das memórias. Atividades como correr, nadar e andar de bicicleta parecem apresentar mais benefícios. Contudo, é importante associá-las a exercícios de resistência, como pilates e yoga.

Pratique atividades físicas
Como o cérebro depende de um bom fluxo sanguíneo, esse cenário é fundamental para seu bom funcionamento. Além disso, os exercícios físicos também podem aumentar o hipocampo, uma área que atua diretamente no armazenamento e processamento das memórias.

A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial, segundo um novo estudo. O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.

Períodos de stress relativamente curtos podem levar a uma redução do volume do hipocampo, o que está associado a alterações do comportamento, nomeadamente à perda de memória, relata um estudo publicado no “Scientific Reports”.