Como a dança consegue trabalhar a depressão?

Perguntado por: aaraujo . Última atualização: 24 de abril de 2023
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A prática de qualquer atividade física, incluindo a dança, faz com que o cérebro libere serotonina, neurotransmissor que está por trás de sensações de bem-estar e relaxamento. Em baixa concentração, a pessoa sente ansiedade e depressão.

Quando ela começa a dançar, a adrenalina e o cortisol que estavam circulando começam a ser gastos pelo coração e pelos músculos. Então, o corpo relaxa e o cérebro libera endorfina, dopamina e serotonina, hormônios que dão a sensação de prazer.

A dança, enquanto forma de expressão não verbal, está relacionada principalmente com o sistema límbico-hipotalâmico. Seu exercício envolve, portanto, exatamente a estimulação dessa parte do cérebro que, atuando de forma conjunta com o córtex, possibilitará a expressão das emoções através do movimento.

A criança que dança trabalha a musculatura, fortalecendo-a, estimula a coordenação motora, flexibilidade, postura, tem maior consciência corporal, noções de espaço e melhora na sua integração social.

“Podemos citar a melhora da qualidade de vida, o aumento da autoestima e da autoconfiança como alguns benefícios. E como a dança é uma forma de expressão das emoções, ela também consegue contribuir para o tratamento de ansiedade, estresse e até depressão”, explica a psicóloga.

Benefícios neurológicos
Estudos comprovam que a dança, principalmente a dança de salão, aumenta a longevidade cerebral, ajuda a diminuir o risco de problemas de memória, demência e até doenças neurológicas, como o Alzheimer.

Dançar é terapêutico, tanto que existem técnicas conhecidas como “dançaterapia” que unem dança e psicologia. Uma das principais abordagens é a Dança Movimento Terapia (DMT), uma prática que promove a conexão entre o corpo e a mente. É uma forma de expressar sentimentos através dos movimentos.

O objetivo da dançaterapia, prática criada pela bailarina e educadora argentina María Fux, é criar caminhos para acessarmos tudo isso a partir de movimentos livres e criativos, estimulados por uma música.

Aumenta o fluxo sanguíneo e melhora a saúde do sistema cardiovascular. Ajuda a combater a depressão. Eficaz para perder calorias e fortalecer os músculos. Evita o sedentarismo.

endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina.

Além de ser uma atividade leve e divertida, a modalidade contribui com diferentes benefícios para a saúde mental, melhorando quadros de ansiedade, humor, socialização e autoestima.

A prática da dança com a função terapêutica está sendo cada vez mais recomendada para tratar doenças psicológicas e também é indicada para qualquer pessoa que deseje melhorar a sua qualidade de vida. A dança, além de expressão artística é também considerada uma excelente forma de interação social e exercício físico.

Uma pessoa dançando pode demonstrar um misto de sentimentos: desejos, alegrias, prazeres, gratidão, respeito, temor, poder. Traçando um conjunto de movimentos que se desenvolvem no espaço e num tempo determinado, configurada por um ritmo e capaz de expressar tanto simples como fortes emoções.

Portanto, ouvir música e executar movimentos de dança faz com que nosso corpo libere hormônios estimulantes do bem-estar. Quando movimentamos nosso corpo em sintonia com a música, nossos sentimentos e emoções também se coadunam com ela.

Dançar beneficia as dimensões física, emocional e cognitiva e permite a integração social, além de favorecer o funcionamento dos sistemas circulatório, respiratório, esquelético e muscular. A dança favorece um estado mental que é compensador por si só.

A dança contribui para trabalhar as capacidades físicas como: coordenação, equilíbrio, ritmo, estresse, postura, socialização e faz com que os alunos explorem o espaço e manipulem os gestos e seus movimentos, facilitando a integração entre os participantes e a convivência e o respeito às diferenças.